sábado, 8 de junho de 2013

Poemas de Os Deserdados da Sorte

39. Para o vivente que tem/ de espiar nas lonjuras/ a proximidade da comida/ a cegueira de um olho/ é pior que a cegueira das letras. 40. Um olho só lhe basta/ para enxergar a miséria do mundo. 28. Se lhe ardem os olhos/ pela fumaça tanta/ se lhe dói o estômago/ pela fome tanta/ se lhe incham os beiços/ pela sede tanta/ ainda haverá esperança/ Filisberto? Quanta?! 29. Nunca um salário teve/ nunca um natal festejou/ trapos - de roupas lhe servem -:/ de seu só o nome Filisberto/ recebeu honrou. Por Romulo Netto - Escritor e jornalista

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